segunda-feira, 1 de março de 2010

Chamou-lhe um Figo...

Estávamos em Agosto de 2009, a um escasso mês das eleições, portanto.
Atenta, veneradora e obrigada, a Ongoing, através do seu jornal, o Diário Económico, entrevistava Luís Figo.
O propósito de, através das respostas obtidas, evidenciar o apoio do futebolista ao político era cristalino. As perguntas eram precisas e concretas.
- Faz uma avaliação positiva deste governo? – perguntava o “inocente” entrevistador.
- No seu entender era desejável que o actual governo ganhasse as eleições? – continuava.
Mas, para que não restasse qualquer dúvida, o “artista” fez uma última pergunta suprema, definitiva, de forma a obter a resposta irrevogável:
- Fica claro em quem vai votar no dia 27 de Setembro?
E Figo, recebe no peito, amortece, roda e faz golo:
- Eu vejo a energia de José Sócrates, a capacidade empreendedora, e espero que continue a ter essa capacidade, de mobilizar o País. Bem precisamos.
Por mera coincidência, seguiu-se a formulação de uma arrojada estratégia para promover o Tagus Park no Japão e Estados Unidos, o contrato com Luís Figo e o pequeno almoço com o primeiro ministro – “acontecimento” a que alguns jornais e televisões deram o encomendado realce. Factos que, entre si, nada têm a ver, naturalmente.
Vejam bem a coisa: um futebolista retirado a promover um parque tecnológico português nos States e no Japão!
Não admiraria que Cristiano Ronaldo aparecesse agora, seguindo o exemplo de Figo, a promover o TGV, ou mesmo o novo aeroporto. Que podia muito bem - caso viesse a provar-se que Alcochete é mesmo um deserto – ser o da Ota, para gáudio do ex-ministro Lino.
C. Ronaldo, com aquele sotaque madeirense, bem podia convencer-nos de que o Terminal 2 da Portela não chegava, pelo que o Terminal 3 também não tardaria muito a não chegar.
E se o 3 ainda não chegasse, far-se-ia o Terminal 4, porque a gente não sabe o que vai ser o futuro.
Ora, o futuro, claro, passa pelo ar – sobre isso não há dúvidas – e o Terminal 3 poderia também não chegar para todos aqueles que têm de utilizar um aeroporto. Porque, no dia em que for tão banal um fim-de-semana em Paris como na Póvoa, em Viana, ou em Aveiro, imagine-se a utilização que terá aquele aeroporto “internacional”.
Arrisco mesmo a hipótese de um Terminal 5 e, quem sabe, se um Terminal 6, porque seis é meia dúzia e quando é meia dúzia pode a coisa sair mais barata.
Por isso – como diz a propaganda oficial – o que é preciso é avançar, mas avançar na direcção certa. Construindo os terminais na direcção devida, em breve estaríamos na Ota.
E desta forma original, manteríamos a Portela e construiríamos a Ota.
Um viajante do futuro, cujo avião ficasse no Terminal 21, estaria já na Ota. E com a vantagem de não ter de apanhar nenhum transporte para Lisboa. Poderia ir por aqueles corredores cheios de passadeiras rolantes, escadas rolantes, elevadores e carrinhos a apitar, até sair gloriosamente, na porta ao pé da 2ª circular.
E mais: se o voo continuasse a expandir-se, em breve juntaríamos o aeroporto de Sá Carneiro ao da Portela. O passageiro que entrasse em Pedras Rubras, apanharia a passadeira, e sairia na Portela de Sacavém.
Demoraria um pouco, é certo, mas não teria o incómodo de perder a bagagem.

2 comentários:

  1. Indecisões:

    Num semanário local: 03-03-2010
    “ Face ao crescimento da zona norte do concelho,
    nomeadamente em Leça da Palmeira,Guilherme Pinto
    defende a realização de um estudo sobre a viabilidade do metro naquela zona”.

    “ Eu não sei se não será simples fazemos um sistema de vaivém entre o centro de Leça da Palmeira e as actuais estações de Matosinhos,
    porque o percurso que o metro fará a circundar o Porto de Leixões torna o metro pouco petecível pelo tempo de demora a chegar ao local que queremos”.

    Caros Matosinhenses
    Na minha modesta opinião:
    Aquele que está indeciso em começar é lento a agir...

    Saudações Marítimas
    José Modesto

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  2. Repto:

    Queremos, em prol dos direitos de cidadania envolver os advogados com escritórios
    em Leça da Palmeira, numa parceria de responsabilidade social com a Junta de Freguesia,
    assegurando voluntariamente Apoio Judiciário a quem apresente debilidades económicas e
    Sociais.
    Este tipo de acção deve ser posta em prática rapidamente, já que as condições Sócio - Económicas
    de muitas famílias se estão a agravar.

    Saudações Marítimas
    José Modesto

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