segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O direito à indiferença

Nada tenho contra (nem a favor) do casamento entre pessoas do mesmo sexo. É um direito igual ao daqueles que, a tal respeito, tudo têm a favor (ou contra).
É o direito à indiferença. Cada um casa com quem quer. E ninguém tem (ou não devia ter) nada com isso.
Tenho - isso sim, e muito - é que os meus impostos sirvam para ajudar a pagar aos que legislam sobre uma matéria que não é seguramente aquela que mais preocupa os portugueses. Objectar-me-ão que quem legisla (ou quem os apoia) não perde necessariamente de vista problemas sociais que a seu tempo alguém há-de resolver. Ou seja, outros políticos, já que estes - que alguns escolheram e todos sustentamos - não servem. Ou melhor, servem para isto!...
Trata-se duma causa que está longe de merecer a importância colectiva que alguns pretendem atribuir-lhe.
Ou teremos assim, entre nós, tantos homossexuais?
Ainda sou do tempo em que os gays eram, simplesmente, “paneleiros”.
Havia poucos e não tinham orgulho nisso. Hoje são muitos e estão cada vez mais activos e aguerridos. Muitos até filiados em Associações: a NET não engana. Organizam “Marchas de Orgulho Gay” e têm mesmo – calcule-se – o seu dia: o “Dia Nacional de Libertação Gay”, a 28 de Junho.
Orgulhosamente, declaram-se “assumidos”. Imiscuem-se na Política, na Televisão, no Teatro. Homens com marido? Aprove quem quiser!
Antigamente falava-se do “perigo amarelo”: hordas de chineses, comprimidos pela explosão demográfica avançariam sobre a Europa. Mais tarde falou-se do “perigo comunista” que desapareceu com a queda do Muro de Berlim.
Poderá falar-se agora do “perigo gay”?
Imagine-se milhões de “assumidos” com os mais exibicionistas - que os há, inegavelmente - avançando em esquadrões a dar ao rabo!
Seria um espectáculo aterrador, dantesco! Evitá-los? Mas, como?
Tendo obtido recentemente uma vitória estrondosa, ao verem legalizado o casamento entre eles, resta-nos aceitá-los. Naturalmente! Legalmente!
Para o bem e para o mal, como dantes se dizia dos casamentos da D. Concordata!
Li algures, que, em tempos a Argentina esboçou um projecto curioso para lidar com idêntica situação: a criação de um vasto território, onde todos os homossexuais - homens e mulheres - pudessem viver à vontade, livres de constrangimentos sociais, com os seus costumes, as suas leis, parlamento, constituição e governo próprios. Uma espécie de reserva demarcada, por assim dizer. Talvez por lá a coisa fosse viável, sendo a Argentina um grande País, com todas aquelas pampas a perder de vista.
Por cá não dava. Não só porque o País é demasiado pequeno territorialmente para criar reserva igual, como não podia prescindir, assim duma assentada, de todos os homossexuais (e lésbicas) que estão integrados na sociedade, desterrando-os para longe.
Graves problemas abalariam o mundo da política, da cultura, do divertimento e do lazer!
Assim como assim é melhor apoiá-los!

2 comentários:

  1. Nota positiva para a CMM:

    Fruta Gratuita para 7700 crianças.
    A CMM no decorrer deste ano lectivo, vai implementar
    O Regime de Fruta Escolar em todas as escolas do 1º.ciclo
    E jardins-de-infância, que abrangem 7700 crianças.
    Vão ser distribuídos, duas vezes por semana, fruta e
    Produtos hortícolas de forma gratuita.
    Fonte: Destak – 18-01-2010

    Uma atitude Positiva e digna de
    ser mencionada.

    Saudações Marítimas
    José Modesto

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  2. O Estudo de Impacto Ambiental da Linha do Campo Alegre
    prevê uma solução enterrada em Matosinhos - Sul.
    Porém, vai mais longe e aponta a transformação de toda a Rua de Brito Capelo em zona pedonal.

    Não seria importante ouvir os Matosinhenses sobre esta matéria?
    Uma discussão pública aberta a todos?

    Saudações Marítimas
    José Modesto

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