Há um clube da nossa terra que tem a sua alma no seio do povo. O corpo, esse, há muito que o doou à causa pública, no incansável contributo à formação desportiva, cultural e recreativa de sucessivas gerações.
É o popular clube do Padrão da Légua, o Padroense Futebol Clube.
O “Jantar de Gala” dos seus 88 anos serviu também para recordar o passado.
E o presidente Germano Pinho, num discurso emotivo e empolgante, aclamado pelo milhar e meio de pessoas presentes revelou o segredo de tamanho êxito: rigor e seriedade, numa gestão criteriosa, equilibrada e responsável.
Pois, apesar dos seus 88 anos o Padroense caminha com o vigor da juventude. E fá-lo serenamente, por entre a desordem e a confusão que reinam no nosso Futebol, como que a lembrar-nos da paz que podemos ter, se soubermos levar a cabo uma política de boas relações e cooperação.
Um clube que, sem ser subserviente, tem sabido manter-se em boas relações com todos, mesmos com os mais pequenos e desorganizados.
Para além de dedicar o mesmo carinho e empenho às diversas modalidades desportivas que criou - mesmo àquelas tidas por mais humildes e desacompanhadas - incentiva uma postura social que desvia associados, simpatizantes e atletas da desmedida ambição competitiva que poderia torná-los violentos, intolerantes e agressivos. É uma postura que reforça a fortaleza de espírito colectivo, salvaguardando os seus membros, por antecipação, num inesperado insucesso desportivo; mas, se tal acontecesse não desesperaria: por mais de uma vez, o clube baixou de escalão sem que o seu orgulho tenha saído ferido, ou a motivação desaparecido.
Compará-lo com os outros seria presunção ou melancolia, pois haverá sempre clubes superiores e inferiores ao nosso.
Integra, por mérito próprio, o conturbado mundo do desporto nacional; e ainda que isto possa não ser importante para muitos, sem dúvida que o presente é-nos disto revelador.
Usa de prudência nos investimentos e contratações, porque o seu presidente sabe que o mundo está cheio de astúcia; mas isto não o cega a ponto de não reconhecer virtude, onde ela exista.
Mira-se no exemplo dos clubes maiores, e regozija-se com as suas conquistas além fronteiras; mas, não abdica nem do programa, nem dos princípios que perfilha.
O Padroense é, pois, um dos grandes do nosso Concelho, e tal como os grandes do nosso País, tem o direito de querer vencer as provas em que participa.
Dizer-se que é um clube que vive em paz com Deus, seja qual for a ideia que dEle se tiver, não é ousadia. Nem utopia.
E por muito duras e absorventes que sejam as lutas e os desafios que tenhamos na ruidosa confusão da vida, não podemos ignorar tão elevado exemplo de gestão.
Assim pudéssemos vê-la aplicada noutros sectores da sociedade…
Siga em frente, por muitos anos, presidente Germano!
Lute, ainda mais, para fazer do nosso Padroense Campeão!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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Gostei de ler isto. Bem pensado e verdadeiro.
ResponderEliminarCaro Heitor, disse e muito bem GESTÃO.
ResponderEliminarEm Portugal, poucos são os GESTORES, são mais os Patrões.
Quem sabe estará aí o grande problema da nossa Economia...
Saudações Marítimas
José Modesto
Porque será que alguns Matosinhenses insistem determinantemente que Matosinhos terá que forçosamente que se chamar MATOSIGAIA..
ResponderEliminarSaudações Marítimas
José Modesto