segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Falta a taxa da respiração

De acordo com notícias vindas a público, Sócrates terá dado ordens a Lacão para escrever aos partidos da oposição, mais exactamente, PPD, CDS, BE e PCP, para “negociar” com vista à aprovação do Orçamento de Estado.
Já antes, na sequência dos resultados eleitorais, Sua Excelência o Presidente do Concelho tinha proposto algumas coligações que viabilizassem o governo - propostas iguais, apresentadas exactamente aos mesmos partidos. E ao mesmo tempo!...
E embora os homens que elaboraram o Orçamento não tenham arrancado o coração a nenhuma criança, nem chupado o sangue de nenhum inocente, nem sequer mandado degolar todos os primogénitos, a maioria das pessoas quando vê o Sócrates ou o Teixeira dos Santos lembra-se dos flagelos bíblicos e das maldições populares (além de algumas palavras sonantes impublicáveis) sendo que a maioria consegue dar ainda graças a Deus por não ter qualquer deficiência.
É verdade que se pode ir sempre mais longe em matéria de taxas, taxando-se além dos internamentos, as pessoas que por um motivo ou outro morram nos hospitais, acrescentando despesas inúteis, uma vez que – morrer por morrer – se pode perfeitamente morrer em casa. Ou, vá lá, num lar de idosos.
Lá no conforto climatizado e asséptico dos gabinetes ministeriais, a dúvida deve angustiá-los. Quem taxaremos? O que taxaremos? Como taxaremos? Dúvida que – há por ai quem diga - nem deve deixá-los em paz.
Para ajudá-los, tenho uma ideia, que posso ceder-lhes a título quase gracioso: a taxa sobre respiração. Já sei que não é a primeira vez que alguém se lembra disto, mas agora vem a propósito. E é ecologista, uma vez que do ar (oxigénio e azoto) que inspiramos, expiramos uma coisa irrespirável que é o CO2 ou dióxido de carbono, ou lá o que é. Por isso, a transformação de ar puro em CO2 deve ser taxada. É o princípio do utilizador – pagador à semelhança daquele que de quando em vez se fala em aplicar nas Scutes.
Igual para todos é que não. Justo como é, o Governo que nos coube em sorte eleitoral lançaria diversas taxas. Ou taxas de diverso valor, para ser mais exacto.
Uma taxa normal, para pessoas normais, uma taxa agravada para asmáticos e uma sobretaxa de soluços, que é uma forma egoísta e privilegiada de inspirar mais ar do que aquele que é necessário.
Poderia ainda pensar-se em pequenos impostos de suspiro e aerofagia, mas isso complicaria o sistema, já que seria necessário criarem-se mais uns tantos fiscais para que pudesse realizar-se uma eficaz colecta.
Assim, às taxas dos que cumprissem, o Governo acrescentaria as multas dos que não cumprissem. Desta é que talvez nem eles se tenham lembrado!

2 comentários:

  1. Repto:
    Queremos que Leça da Palmeira seja uma freguesia onde os seus habitantes sintam que não há melhor sitio para se viver.

    Qualidade do AR
    Qualidade das Águas do Mar

    Pedimos a sua monitorização e que a mesma se faça de acordo com as directivas da EU, e que as mesmas sejam asseguradas pelos departamentos competentes da Universidade do Porto.

    Que se publique o resultado das mesmas.

    Saudações Marítimas
    José Modesto

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  2. Pergunta:
    Como perguntar não ofende, e sendo eu um Matosinhense gostaria de saber o seguinte:

    Há já algumas semanas ou até um mês foi eleita a nova Direcção da Junta Metropolitana do Porto, competência que pertence,nos termos da lei aos Presidentes das Câmaras Municipais que integram a Área Metropolitana do Porto.
    Desde a criação da Área Metropolitana do Porto, já lá vão quase duas décadas, e com vários Presidentes da Junta, quer do PSD quer do PS, Matosinhos teve sempre direito a ocupar uma das duas Vice-Presidências da Junta Metropolitana.
    Infelizmente, e pela primeira vez na história da Área Metropolitana do Porto, Matosinhos deixou de exercer a Vice-Presidência...PORQUÊ?

    Saudações Marítimas
    José Modesto

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