segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lutou como sempre. Perdeu como nunca!

Uma derrota custa sempre a digerir. Desta verdade foi-nos dado, esta semana, um sinal certo através dum “comunicado” subscrito pelo “Grupo de Cidadãos eleitos da Candidatura Narciso Miranda Matosinhos Sempre” e dum “texto” assinado por quem, alegadamente, deve exercer “o direito de resposta”.
O primeiro, publicado na Imprensa, tem o sugestivo título «Haja decoro».
O segundo, recebido por e-mail, é mais objectivo: «Face às declarações do Guilherme Pinto no Público de hoje:».
O conteúdo, excepção feita aos primeiros parágrafos, é o mesmo.
Num português macarrónico, pretende-se “responder às afirmações difamatórias e injuriosas que o presidente da autarquia de Matosinhos dirige aos vereadores da oposição…”
Mas, o que disse o “malvado”?
Que não o preocupa “rigorosamente nada não ter a maioria absoluta no executivo camarário”. E acrescenta, a propósito, mais umas observações banais e inofensivas. Basta ler a notícia completa do Público (dia 14) para que se perceba a inconsequência das afirmações proferidas.
Mas, desde quando é que há injúria e difamação numa simples manifestação de indiferença, que, o mais que pode significar é a rejeição dos “eleitos”?
Pior ainda é a qualidade da escrita! A quem aproveita tamanha demonstração de incapacidade de interpretação e de redacção?
Exemplos? Aqui vai um: «…penso que seria mais forte (o texto) se fosse subscrito por todos os eleitos…». E, já agora, vejam lá se percebem o que é «a projecção de antecipar a governação do concelho em minoria»?
Faz lembrar aquele aviso paroquial colado à porta da igreja, que reza assim:
“O mês de Novembro finalizará com uma missa cantada por todos os defuntos da paróquia”! Mais? Cá vai:
«…uma oposição séria, dedicada e trabalhadora que o futuro de Matosinhos augura». Essa de levar o futuro a augurar, não lembrava ao diabo! Outra: «…desenvolvimento da cidade a que chamamos Matosinhos». Aqui é que não há dúvida: é mesmo Matosinhos!
Agora a sério. Começam a encontrar-se explicações para o colapso eleitoral que vivemos. Afinal – lê-se neles – há uma equipa criada para levar a cabo acções que «não dependem exclusivamente de Narciso Miranda, como Guilherme Pinto afirma». Uma equipa que tem por finalidade “…não criar barreiras ao progresso construindo Matosinhos»!
Pudera! Também era melhor que fosse para criar barreiras ao progresso...
Uma equipa, «…cuja independência e liberdade de expressão leva já na voz (não seria melhor levar na cabeça?) o apoio de mais de 30% do eleitorado Matosinhense». A conclusão é óbvia.
Narciso só à sua conta, contaria com mais de 50% do eleitorado.
Já o provou no passado. E merecia-o no presente. Pelo futuro.
Com a tal “equipa criada”, cujas potencialidades, esta amostra antecipa (e ainda com outras “equipas fantásticas” que o tal texto omite) obteve 30%!
Que vieram acrescentar à nossa causa tais equipas? É só fazer as contas!
Uns 20% de votos a menos. Pelo menos!

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